[fotografia: ana pereira]
A edição da Queima do Judas 2011 tem como tema de inspiração a liberdade, a revolução de Abril de 1974 e as fantásticas lendas e “metamorfoses” do Mosteiro de Santa Clara de Vila do Conde.
Em 2011, as comemorações do Dia da Liberdade coincidem com as festividades pascais e, por consequência, com a data do ritual da Queima do Judas. Tornouse, desta forma, inevitável a escolha do tema como mote central do evento.
Nos dias que correm, e com evolução registada a todos os níveis nos últimos 50 anos, volta a questionarse o sentido de revolução e de mudança, em relação aos modelos sociais, políticos e espirituais, e consequentemente o conceito de liberdade. Continua a Liberdade a ser um espaço a conquistar na consciência humana? O que é liberdade hoje? São dúvidas que o espectáculo deste ano vai reflectir…
Por outro lado, também o Mosteiro de Santa Clara ocupa um espaço central no evento deste ano. Não só por localizar o espectáculo, mas sobretudo pelo que representa: a sua arquitectura, o seu aspecto exterior e a sua função histórica enquanto espaço de reclusão, quer a nível religioso, e de forma voluntária, quer a nível educativo/judicial, e de forma imposta, contrasta fortemente com o tema da liberdade. Enquanto edifício com mais de 7 séculos de história, funciona igualmente como um marco de tempo, um relógio, um testemunho das gerações e gerações que, de alguma forma, sempre procuram e lutaram pela sua liberdade.
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